Dicas sobre SEO para sites internacionais
Como aprender a tirar o melhor partido da presença Web Internacional em campanhas de SEO? Aqui ficam os 7 fatores a considerar.
Desenvolver campanhas de SEO para grandes e médias empresas exige, quase forçosamente, que se trabalhe ou interaja com sites de versões web internacionais, destinados a outros países e idiomas.
Como tal, é importante que se incluam nas respetivas análises, websites internacionais sobretudo para:
– Confirmar que não se estão a gerar ou a sofrer problemas, cujo impacto esteja a afetar negativamente a performance geral das campanhas de SEO ou de outros Websites;
– Identificar oportunidades que possam ser mais valias para o projeto de SEO em que se está a trabalhar no momento.
1. Classificação do público alvo: País vs Idioma
Dependendo do negócio em questão, das características técnicas e de conteúdo, e das respetivas restrições e objetivos, a presença Web Internacional em termos de público alvo pode ser classificada de acordo com o país (Reino Unido, Espanha, México, etc.) ou com o idioma (Espanhol, Francês, Alemão, etc.).
É fundamental confirmar se as versões Web Internacionais estão a chegar de forma consistente ao público alvo. De acordo com o país ou língua que se pretende, pois são fatores determinantes para uma boa análise.
O público alvo deve ser implementado na estrutura das versões internacionais Web, quer seja através de ccTLDs, sub-directórios ou sub-domínios (no caso da classificação do público alvo ser feita de acordo com o país) ou apenas em sub-domínios (no caso da classificação ser ao nível da língua).
Assim, é possível evitar parâmetros de URLs e scripts, ou cookies. Desta forma, é possível chegar ao conteúdo internacional Web através das mesmas URLs ou páginas que não foram indexadas devidamente.
versões web
Além da relevante estrutura Web, é também fundamental otimizar cada uma das versões Web, bem como os respetivos elementos, para que sejam consistentes em cada língua ou país.
Por exemplo, se estamos a classificar o nosso público alvo de acordo com o idioma, não é aconselhável que se apresentem ‘bandeiras’ nas opções, pois podem ser erroneamente percecionadas.
Ao colocarmos as bandeiras, há um foco apenas nos visitantes do Reino Unido, Espanha, França ou Brasil, o que pode fazer com que Espanhóis, Franceses ou Portugueses nativos mas que venham de outras partes do mundo, não se sintam bem-vindos porque as suas bandeiras não aparecem.
Este tipo de inconsistências pode também surgir com outros elementos, como o hreflang ou as anotações meta do conteúdo de língua. Há situações em que, em vez de se especificar apenas o código da língua para cada versão de língua nas anotações hreflang, se inclui também o código de país, o que não deve acontecer visto tratar-se de um website cujo público alvo foi segmentado de acordo com a língua, e não de acordo com o país.
É de facto essencial que se confira e valide sempre que todos os elementos Web e áreas de sites internacionais estão corretamente segmentados em relação à relevância do país ou língua.
2. Otizimação da Estrutura Web Internacional
Um elemento-chave que deve ser analisado de forma independente é a estrutura Web de cada versão internacional.
É necessário conferir que as URLs se apresentam na língua correta, mas também que não é uma estrutura demasiado complexa, contendo por exemplo, diretórios desnecessários.
É fundamental compreender que o importante é que tenha um único sub-directório, sub-domínio ou um ccTLD específico para mostrar em cada uma das versões internacionais, mas na maior parte dos casos, a combinação entre estes não é necessária.
No caso de se exigir , como acontece em cenários como o de um país que apresente conteúdos em diversas línguas, o ideal é que seja o mais flat e consistente possível.
3. Crawling, Indexação e Alinhamento das Versões Web Internacionais
O próximo passo é verificar se em cada versão, os crawlers foram eficazes e se aparecem corretamente classificadas e indexadas nos resultados de pesquisa da versão internacional e nas consultas de língua relevantes.
De seguida, é importante confirmar que nenhuma das versões de língua ou de país estão bloqueadas devido a robots.txt, cookies, por apresentarem conteúdos através de scripts não indexados ou por estarem a redirecionar automaticamente os motores de busca para uma única versão.
Além da imprescindível técnica de crawling e de validação da indexação, para as quais se pode usar motores Web como o Screaming Frog, DeepCrawl ou Google Webmaster Tools, é também crucial verificar se a versão web está ou não a atrair tráfego de busca orgânico, de país ou língua, que seja pouco relevante bem como possíveis problemas de alinhamento de busca ou de classificação.
Estas situações podem ser detetadas através da utilização do Google Webmaster Tools (através do Google Analytics) e de ferramentas como o SEMrush, SimilarWeb ou Search Metrics Essentials. Deste modo, é possível perceber quais os países que estão a trazer visibilidade orgânica de busca, e qual o tráfego gerado para cada versão Web, assim como as respetivas landing pages e keywords usadas.
Se se chegar à conclusão que as versões internacionais estão a ser apresentadas a um público alvo não-relevante e a atrair visitantes pouco relevantes (que deveriam estar a aceder a outra versão do site), é fundamental averiguar qual a classificação das páginas, conferir os respetivos conteúdos, e verificar os elementos das páginas através das consultas usadas. Deste modo é possível assinalar o problema e assim resolvê-lo.
4. Correta utilização da anotação Hreflang
Uma das possíveis causas para os problemas de alinhamento nos resultados de busca internacionais ou de tráfego, é a utilização ou a não utilização indevida das anotações hreflang. Utilização de códigos de língua ou país que não existem. Ou não cruzamento de referências com outras páginas cujos conteúdos são semelhantes – que se destinam a outros países ou noutras línguas). Assim, torna-se essencial confirmar sempre o seu uso correto.
O melhor é examinar cuidadosamente e ter a certeza que existe uma especificação correta das anotações hreflang, através da feramenta hreflang tool. David Sottimano partilha algumas dicas que podem ser interessantes.
5. Configuração correta da geolocalização das ferramentas webmaster
É algo que demora apenas um minuto mas que é essencial. Como é comum não o utilizar ou utilizá-lo indevidamente, é importante identificar geograficamente o público alvo nas ferramentas webmaster do google. No caso de se apreentarem sub-directórios ou sub-domínios e não ccTLDs para os sites do país do público alvo.
Às vezes esta opção não está configurada para a versão Web do país em questão. Ou está indevidamente configurada para um país específico das versões Web, que estão na realidade a aceder ao público alvo da língua. Por isso, o melhor é não assumir que está correto, especialmente se se encontrou problemas ao nível da busca (desalinhamentos).
6. Conteúdos de páginas Web e localização de elementos
Para além da otimização da estrutura Web, é indispensável verificar se o conteúdo da página, particularmente se se detetarem problemas de alinhamento, apresenta-se na língua correta e com os termos certos.
Deve-se certificar sempre se o conteúdo está corretamente localizado e bem visível, quer para os utilizadores, como para os motores de busca crawlers.
7. Linking de Websites internacionais
É fundamental que os utilizadores e robots de busca consigam corretamente aceder a todas as diferentes versões Web internacionais. Porém, necessário ter cuidado no cross-linking das mesmas. Pois ao adicionar links a cada página em demasia, pode cair-se no erro de parecer pouco natural.
Estas situações acontecem quando, devido a algum tipo de restrição, não se está a trabalhar com ccTLDs mas sim com gTLDs.
Por outro lado, se a dada altura não estiver a haver gestão de processos SEO para as outras versões internacionais (e por essa razão algumas se penalizem), o cross-linking pode afetar negativamente o site em que está a trabalhar também.
É por isso igualmente importante que haja uma monitorização, e se evite o uso excessivo de cross-linking. Pois é a melhor forma de minimizar ao máximo o risco. Garantir também que os robots de busca descobrem as várias versões internacionais de Web sem descuidar/negligenciar o crawling das páginas internas.
Devem apenas criar-se links para as versões mais importantes. Como também desenvolver uma página interna onde se pode listar e criar links para todas elas. Que seja de fácil acesso aos utilizadores e aos motores de busca. Uma outra solução é criar-se um menu internacional que não seja crawlable.
Com estes 7 aspetos é possível tirar-se o melhor partido da presença Web Internacional. Garantir também que as versões Web internacionais para dado público alvo, não afetam negativamente o projeto SEO em que se está a trabalhar.
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